sábado, 21 de janeiro de 2012

Hoje eu queria muito escrever algo que expressasse o que estou sentindo, mas as palavras não saem... É como se a alegria tão exagerada me sufocasse.
Agradeço a Deus por absolutamente tudo que vivi... Agradeço pelos momentos felizes que tive e que tenho.
Agradeço pelos momentos difíceis, nos quais pensei em desistir, imaginei que não iria suportar, mas vi que realmente o “senhor tempo” é o remédio para qualquer problema, ele  cura todas as dores, todas as feridas e o que nos resta são apenas lições que deveríamos levar para toda a vida.
Foi a partir desses momentos difíceis que aprendi a esperar, esperar por momentos melhores, por coisas melhores, por pessoas melhores... E quando não suportava mais esperar uma voz lá no fundo dizia “Calma, calma, Deus tem algo melhor para você”. Se antes eu tinha alguma dúvida quanto a isso, hoje tenho certeza de que realmente algo melhor estava sendo preparado para mim...  Obrigada Senhor!
(N. Souza)

domingo, 14 de agosto de 2011

SONETO CV

Não chame meu amor de idolatria, 
Nem de ídolo realce a quem eu amo
E de uma só maneira eu o proclamo. 
É hoje e sempre o meu amor galante, 
Inalterável, em grande excelência; 
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença. 
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo; 
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento; 
E em tal mudança está tudo o que primo, 
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
William Shakespeare

segunda-feira, 7 de março de 2011

SEPULCRAL

E no momento sepulcral

Do enterro do meu corpo

Encontrarei a paz afinal pois enfim estarei morto

De que me vale a juventude

Se a desperdiço pensando

Jovem sem atitude

Por pensar demais vai definhando

Sinto falta do que nunca tive

Quero coisas que nunca vi

Conheço lugares onde nunca estive

Sinto saudades de um tempo que não vivi

A dor e a angústia me consomem

Desespero maior não existe

Como pode alguém tão jovem

Dizer palavras tão tristes

O sombrio cemitério

E seu aspecto mortuário

É o fúnebre império

Do coveiro solitário

Eu sou a vida e a morte

Ambas habitam minha mente

Não sou fraco, nem sou forte

Sou simplesmente diferente

Minha vida é cheia de sonhos

Que nunca se tornam realidade

Minha mente é povoada demônios

Sou vítima de minha insanidade

Não notarão quando eu houver partido

Pois morrerei uma morte sem sentido

Como se eu nunca tivesse existido

Eu morrerei, porém sem nunca ter vivido

Estas figuras angelicais,

Que compõem esta doce paisagem,

Não estragarei mais,

Com minha sombria imagem.

Sonhei com você noite passada

Mas sonhos não valem nada

Pois sonhos são pura ilusão

E na vida sempre predomina a razão.